Quadrão

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No Quadrão de Laerte, em 13 quadrinhos: QUADRINHO 1 - Cena num ambiente pantanoso, com cerca de dez cadáveres de botos cor de rosa, alguns de barriga pra cima, todos com os olhos vidrados. Uma voz fora de cena fala: “Então, naquele momento, todos nós morremos”. QUADRINHO 2 - Detalhe da paisagem; atrás de uns tocos e umas pedras, um dos cadáveres de boto abre um olho e fala: “Menos eu”. QUADRINHO 3 - O boto começa a se erguer, apoiando as nadadeiras como braços. Ele diz: “Não só não morri…” QUADRINHO 4 - O boto se senta na lama, e examina seus membros - agora ele tem dois braços, com duas mãos, e duas pernas também. Ele continua: “…como meu corpo estava diferente”. QUADRINHO 5 - O boto está andando, ainda pingando lama do lugar onde estava. Ele fala: “Agora eu conseguia ficar no seco”. QUADRINHO 6 - O boto está de pé frente a um cenário urbano, cheio de construções quadradas e angulosas, com nenhuma vegetação e permeadas por uma fumaça avermelhada. Ele fala: “Quando entendi o que tinha acontecido…” QUADRINHO 7 - O boto está junto ao balcão de uma loja de armas, onde há muitas pistolas e fuzis na vitrine e na parede. Ele aponta um fuzil para o atendente. Ele continua sua fala: “…achei que só havia uma coisa a ser feita”. QUADRINHO 8 - O boto está empunhando um fuzil semi-automático e subindo escadas internas de um edifício.  QUADRINHO 9 - O boto está no terraço de um edifício, com um pé apoiando na mureta, mirando com o fuzil para baixo. Ele fala: “Vingança”; enquanto isso uma figura se aproxima voando - é uma mulher, nua, cujos braços e dedos constituem grandes asas de morcego. QUADRINHO 10 - A mulher com asas de morcego abaixa o fuzil com os pés, enquanto o boto o faz disparar. O boto continua sua fala: “Então ouvi: ’Não faça isso!’ ” QUADRINHO 11 - O boto conversa com a mulher, que gesticula. O boto continua: “…perguntei: ‘por quê?’ - me disseram: ’não tem mais significado’ ”. QUADRINHO 12 - O boto e a mulher caminham, ele já sem o fuzil. Ele continua: “E aí eu vim pra cá…” QUADRINHO 13 - O boto está sentado numa cadeira, num círculo de pessoas. Uma delas é a mulher morcego, outra é uma mulher com tubos que saem de sua cabeça e do peito, outro é um homem com cabeça de jacaré, outra tem a cabeça e os olhos  como os lagartos do deserto, outro tem uma cabeça de pássaro, outro tem pinças de caranguejo saindo das têmporas, outra pessoa tem focinho de porco e pelos pelas costas. O boto, numa das cadeiras, está falando para todos e termina sua fala: “…e comecei a sobreviver, com vocês”.

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